Entre delírios e durezas: (re)existências de um residente em saúde indígena

Abstract

O trabalho com populações indígenas e/ou comunidades tradicionais coloca uma série de questionamentos e desafios aos modos de fazer e conhecer das ciências humanas e da saúde. Este é um relato de experiência de um psicólogo residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) - com ênfase em Saúde Indígena, do Hospital Universitário da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. Utilizarei notas de diário de campo realizadas durante e após os cenários de prática ofertados no Programa e as participações em encontros e cerimônias tradicionais. As discussões foram feitas em diálogo com a literatura dos campos da Saúde Coletiva, da Antropologia da Saúde, da Psicologia Social e da Psicanálise. Concluo que o Programa possibilita efetiva aproximação com a realidade do trabalho na área, constituindo-se como tempo e espaço privilegiado para experimentações, formação e qualificação profissional e aponto críticas e contribuições visando ao fortalecimento e aprimoramento das experiências de residentes e trabalhadores/as da área.