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http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6101
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Mortalidade materna: perfil dos óbitos maternos ocorridos no estado do Mato Grosso do Sul no período de 2014 a 2022 |
Autor(es): | Lima, Priscilla Ancristhian de Arruda Paião, Dayse Sanches Guimarães |
Primeiro Orientador: | Paião, Dayse Sanches Guimarães |
metadata.dc.contributor.referee1: | Algeri, Ellen Daiane Biavatti de Oliveira |
metadata.dc.contributor.referee2: | Lima, Daniele Moreira de |
Resumo: | A mortalidade materna é um evento grave que representa uma violação dos direitos humanos, visto que, 92% ou seja 9 em cada 10 óbitos maternos ocorrem por causas evitáveis, sendo 99% delas em países em desenvolvimento. Em 2020 a Razão de Mortalidade Materna mundial foi de 72,1 por 100.000 nascidos vivos. Sendo a partir de então meta prioritária nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O objetivo desse estudo é caracterizar os óbitos maternos no estado Mato Grosso do Sul e em suas macrorregiões de saúde, no período de 2014 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais utilizando os óbitos maternos de residentes no estado do Mato Grosso do Sul e em suas respectivas regiões de saúde (Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas), ocorridos no período de 2014 a 2022. Os resultados indicaram que a maior parte dos óbitos maternos ocorreram em mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, pardas, solteiras, com baixa e média escolaridade. A principal causa básica de morte materna comum a todas as macrorregiões foi por causas diretas que incluem: "Complicações relacionadas predominantemente com o puerpério" e “complicações do trabalho de parto e parto” e causas indiretas relacionadas a doenças circulatórias, virais e respiratórias. As causas indiretas, em Corumbá, houve destaque com uma Razão de mortalidade materna 60,8, o qual a literatura traz que estão relacionadas com doenças preexistentes, e inclui doenças virais, respiratórias, dos quais foram um grande problema à saúde materna no período pandêmico. No que se refere ao período de ocorrência, houve a predominância de mortalidade materna no pós-parto com uma RMM preponderante em Corumbá, refletindo um déficit no pré-natal e a necessidade de uma abordagem mais integrada na gestão da saúde das gestantes. Campo Grande, por ser um centro de referência, apresentou um aumento constante na RMM devido à migração de gestantes de alto risco. Dourados, com alta taxa de cesarianas, mostrou a necessidade de práticas obstétricas seguras e humanizadas. Três Lagoas apresentaram flutuações, tendo anos com zero mortes, e com um aumento na RMM em 2021, trazendo à tona problemas relacionados com a subnotificação dos óbitos maternos. Em 2021, a RMM de Mato Grosso do Sul apresentou um aumento significativo, alcançando 123,30, enquanto a média geral do período foi de 63,51. Como desfecho deste estudo, temos as altas taxas de mortalidade materna, especialmente em regiões como Corumbá e Campo Grande, que refletem desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços de saúde. Implementar práticas obstétricas seguras e melhorar a cobertura do pré-natal são medidas cruciais. As informações geradas são essenciais para orientar políticas públicas e ações de saúde que promovam a equidade e a segurança das gestantes no estado. E que permitam a elaboração de políticas públicas para redução da mortalidade materna no estado, atingindo assim os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Desse modo, como contribuição, este estudo traz uma visão abrangente acerca da realidade da saúde materna no estado, e produz informações sobre causas de mortes, com a finalidade de nortear gestores e profissionais para o planejamento e desenvolvimento de ações que promovam e combatam iniquidades e agravos que assolam a população materna. |
Abstract: | A mortalidade materna é um evento grave que representa uma violação dos direitos humanos, visto que, 92% ou seja 9 em cada 10 óbitos maternos ocorrem por causas evitáveis, sendo 99% delas em países em desenvolvimento. Em 2020 a Razão de Mortalidade Materna mundial foi de 72,1 por 100.000 nascidos vivos. Sendo a partir de então meta prioritária nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O objetivo desse estudo é caracterizar os óbitos maternos no estado Mato Grosso do Sul e em suas macrorregiões de saúde, no período de 2014 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais utilizando os óbitos maternos de residentes no estado do Mato Grosso do Sul e em suas respectivas regiões de saúde (Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas), ocorridos no período de 2014 a 2022. Os resultados indicaram que a maior parte dos óbitos maternos ocorreram em mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, pardas, solteiras, com baixa e média escolaridade. A principal causa básica de morte materna comum a todas as macrorregiões foi por causas diretas que incluem: "Complicações relacionadas predominantemente com o puerpério" e “complicações do trabalho de parto e parto” e causas indiretas relacionadas a doenças circulatórias, virais e respiratórias. As causas indiretas, em Corumbá, houve destaque com uma Razão de mortalidade materna 60,8, o qual a literatura traz que estão relacionadas com doenças preexistentes, e inclui doenças virais, respiratórias, dos quais foram um grande problema à saúde materna no período pandêmico. No que se refere ao período de ocorrência, houve a predominância de mortalidade materna no pós-parto com uma RMM preponderante em Corumbá, refletindo um déficit no pré-natal e a necessidade de uma abordagem mais integrada na gestão da saúde das gestantes. Campo Grande, por ser um centro de referência, apresentou um aumento constante na RMM devido à migração de gestantes de alto risco. Dourados, com alta taxa de cesarianas, mostrou a necessidade de práticas obstétricas seguras e humanizadas. Três Lagoas apresentaram flutuações, tendo anos com zero mortes, e com um aumento na RMM em 2021, trazendo à tona problemas relacionados com a subnotificação dos óbitos maternos. Em 2021, a RMM de Mato Grosso do Sul apresentou um aumento significativo, alcançando 123,30, enquanto a média geral do período foi de 63,51. Como desfecho deste estudo, temos as altas taxas de mortalidade materna, especialmente em regiões como Corumbá e Campo Grande, que refletem desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços de saúde. Implementar práticas obstétricas seguras e melhorar a cobertura do pré-natal são medidas cruciais. As informações geradas são essenciais para orientar políticas públicas e ações de saúde que promovam a equidade e a segurança das gestantes no estado. E que permitam a elaboração de políticas públicas para redução da mortalidade materna no estado, atingindo assim os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Desse modo, como contribuição, este estudo traz uma visão abrangente acerca da realidade da saúde materna no estado, e produz informações sobre causas de mortes, com a finalidade de nortear gestores e profissionais para o planejamento e desenvolvimento de ações que promovam e combatam iniquidades e agravos que assolam a população materna. |
Palavras-chave: | Mortalidade materna Saúde da mulher Epidemiologia |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Grande Dourados |
Sigla da Instituição: | UFGD |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Ciências da Saúde |
Citação: | LIMA, P. A. A; PAIÃO, Dayse Sanches Guimarães. Mortalidade materna: perfil dos óbitos maternos ocorridos no estado do Mato Grosso do Sul no período de 2014 a 2022. 2024. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica) – Hospital Universitário, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6101 |
Data do documento: | 24-Jun-2024 |
Aparece nas coleções: | Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica |
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