Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6548
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Os impactos dos “megaeventos” esportivos no Brasil durante o Governo Dilma (2011-2016)
Autor(es): Higioka, Davi Tadayuki Fuzzi
Primeiro Orientador: Banzatto, Arthur Pinheiro de Azevedo
metadata.dc.contributor.referee1: Moreira Junior, Hermes
metadata.dc.contributor.referee2: Scherma, Márcio Augusto
Resumo: Este trabalho analisa os impactos políticos, econômicos e sociais da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, destacando como esses megaeventos foram usados como instrumentos de soft power pelo governo brasileiro para projetar a imagem do país no cenário internacional. O governo Lula (2003-2010) impulsionou as candidaturas desses eventos em um contexto de crescimento econômico e ascensão política internacional, utilizando o futebol como parte da identidade cultural brasileira e diplomacia esportiva. A pesquisa destaca o papel das organizações internacionais (FIFA e COI) na imposição de condições ao país anfitrião, como altos investimentos em infraestrutura e ajustes legislativos. Porém, durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016), a execução dos eventos enfrentou desafios como crise econômica, manifestações populares e denúncias de corrupção. A "Lei Geral da Copa" e os investimentos em infraestrutura para os eventos geraram polêmicas sobre uso de recursos públicos, colaborando para parte das críticas da opinião pública. A gestão também foi marcada por atrasos nas obras e a mobilização de uma parcela da sociedade contra os gastos excessivos. Os megaeventos tiveram impactos contraditórios. Por um lado, trouxeram visibilidade internacional, e melhorias urbanas em algumas áreas. Por outro, exacerbaram problemas sociais e econômicos, como desigualdade, remoções forçadas e aumento da dívida pública, além de expor vulnerabilidades políticas, como a corrupção sistêmica revelada pela Operação Lava Jato. Em suma, conclui-se que, embora o Brasil buscasse fortalecer sua posição internacional e identidade cultural como "país do futebol", os megaeventos deixaram um legado ambíguo, misturando benefícios e prejuízos. A experiência serve como alerta para outros países emergentes ao considerar o custo-benefício de sediar eventos dessa magnitude.
Abstract: This work analyzes the political, economic, and social impacts of the 2014 FIFA World Cup and the 2016 Olympic Games in Brazil, highlighting how these mega-events were used as soft power tools by the Brazilian government to project the country’s image on the international stage. The Lula administration (2003–2010) promoted Brazil’s bids to host these events in a context of economic growth and rising international political influence, leveraging football as part of Brazil’s cultural identity and sports diplomacy. The research emphasizes the role of international organizations (FIFA and IOC) in imposing conditions on host nations, such as high infrastructure investments and legislative adjustments.Although, during Dilma Rousseff’s presidency (2011–2016), the execution of the events faced challenges including an economic crisis, public protests, and corruption scandals. The "General Law of the World Cup" and other infrastructure investments sparked controversies regarding the use of public funds, drawing criticism from the public. The administration also struggled with delays in construction projects and growing societal opposition to excessive spending. The mega-events had contradictory impacts. On one hand, they brought international visibility, and urban improvements in certain areas. On the other, they exacerbated social and economic issues such as inequality, forced evictions, and rising public debt, while exposing political vulnerabilities like systemic corruption revealed by Operation Car Wash. The study concludes that while Brazil sought to strengthen its international position and cultural identity as the "country of football," the mega-events left an ambiguous legacy, mixing benefits with significant costs. The experience serves as a warning for other emerging countries when considering the cost-benefit of hosting such large-scale events.
Palavras-chave: Soft Power
Soft Power
Megaeventos
Megaevents
Governo brasileiro
Brazilian government
CNPq: CNPQ::OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Direito e Relações Internacionais
Citação: HIGIOKA, Davi Tadayuki Fuzzi. Os impactos dos “megaeventos” esportivos no Brasil durante o Governo Dilma (2011-2016). 2024. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Relações Internacionais) – Faculdade de Direito e Relações Internacionais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2024.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6548
Data do documento: 3-Dez-2024
Aparece nas coleções:Relações Internacionais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DaviTadayukiFuzziHigioka.pdf441,8 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.