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Tipo: Dissertação
Título: Saúde, trabalho e qualidade de vida entre os profissionais da saúde indígena do Polo Base de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil
Título(s) alternativo(s): Health, work, and quality of life among indigenous health professionals at Dourados Polo Base, Mato Grosso do Sul, Brazil
Salud, trabajo y calidad de vida de los profesionales de la salud indígena en el Polo Base Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil
Autor(es): Vicente, Renata de Matos
Primeiro Orientador: Luz, Verônica Gronau
metadata.dc.contributor.referee1: Fernandes, Ricardo
metadata.dc.contributor.referee2: Martins, Catia Paranhos
metadata.dc.contributor.referee3: Dias-Scopel, Raquel Paiva
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar o perfil sociodemográfico, econômico, de saúde, doença, qualidade de vida e condições de trabalho dos profissionais da saúde indígena no maior Polo Base do Mato Grosso do Sul e comparar tais aspectos conforme categoria profissional, equipes de referência e tempo de trabalho na saúde indígena. Trata-se de uma pesquisa transversal quantitativa realizada nos meses de fevereiro a novembro de 2020, com todos os profissionais de saúde (n=117) do Polo de Dourados que realizavam atendimento direto no território, por meio de questionário semiestruturado, com questões sociodemográficas, econômicas, de doenças, hábitos de vida e trabalho, avaliação do estado nutricional, risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, nível de atividade física e qualidade de vida. As análises estatísticas foram realizadas por Teste Qui-quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Os Agentes Indígenas de Saúde e os Agentes Indígenas de Saneamento (n=61) apresentaram menor escolaridade (p<0,001), renda familiar per capita (p<0,001), diagnóstico de doenças gerais, outras doenças (p=0,022) e uso de medicamento, e maior ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (p=0,022), excesso de peso (p=0,044), trabalho aos finais de semana (p<0,001) e problemas com usuários do serviço de saúde (p=0,021) quando comparado aos demais profissionais. A maioria dos profissionais apresentou excesso de peso (77,8%), risco alto e muito alto (68,3%) para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, apesar de ser classificada como ativa e muito ativa (66,7%), referir uma qualidade de vida boa ou muito boa (65,0%) e estar satisfeito ou muito satisfeito com a saúde (74,4%), sendo que a qualidade de vida no geral apresentou-se acima do escore médio de pontos. Os profissionais atuantes nas equipes fixas relataram maior frequência em levar trabalho para casa (p=0,047) e que o trabalho no fim de semana atrapalhava o descanso (p=0,018) quando comparado aos profissionais de equipes volantes. Os trabalhadores com menor tempo de serviço referiram maior sobrecarga de trabalho (p=0,022), levar trabalho para casa e trabalhar no fim de semana, enquanto os profissionais com maior tempo de serviço relataram mais acidentes de trabalho (p=0,004). Contudo, independentemente das categorias estudadas, a maioria dos profissionais apresentou insegurança com vínculo trabalhista (72,5%), carência de plano de cargo e carreira (86,3%), sobrecarga de trabalho (59,0%), trabalho no fim de semana (78,6%) e para casa (63,2%), ocorrência de riscos à saúde (78,6%), acidentes (65,0%), e violências presenciadas (73,2%) e sofridas (54,7%) no ambiente laboral, existência de metas (89,7%), pagamento atrasado (95,7%) e insatisfação salarial (86,4%). Ademais, todos os profissionais referiram que gostavam e achavam o trabalho importante. Portanto, é necessário o desenvolvimento de ações de saúde e melhores condições de trabalho em prol do cuidado dos profissionais, especialmente dos Agentes Indígenas de Saúde e os Agentes Indígenas de Saneamento.
Abstract: The objective of this study was to investigate the profile of socio demographic, economic, health, disease, quality of life, and work ing conditions of indigenous health professionals in the largest Polo Base in Mato Grosso do Sul and compare these aspects by their professional category, reference teams, and time working in indigenous health. This is a quantitative cross sectional research conducted from February to November 2020, with all health professionals from the Dourados Polo Base who provided immediate care in the territory, through a semi structured questionnaire, with questions about socio demographic, economic, diseases, living and working habits, assessment of nutritional status, the risk for developing cardiovascular diseases, level of physical activity, and quality of life conditions. The statistical analyses were carried out by Pearson's Chi square Test or Fisher's Exact Test, with a significance level of 5%. Indigenous Health Agents and Indigenous Sanitation Agents (n=61) had lower education (p<0.001), per capita family income (p<0.001), diagnosis of general diseases, other diseases (p=0.022) and use of medication, and higher occurrence of Chronic Noncommunicable Diseases (p=0.022), overweight (p=0.044), weekend work (p<0.001) and problems with health service users (p=0.021) when compared to other professionals. Most professionals were overweight (77.8%), had high and very high risk (68.3%) for developing cardiovascular diseases, despite being classified as active and very active (66.7%), reported a good or very good quality of life (65.0%) and were satisfied or very satisfied with their health (74.4%), and the overall quality of life was above the average score. The professionals working in the permanent teams reported a higher frequency of taking work home (p=0.047) and that working on the weekend interfered with their relaxation (p=0.018) when compared to the professionals in the mobile teams. Workers with less time of service reported more work overload (p=0.022), taking work home and working on the weekend, while professionals with more time of service reported more accidents at work (p=0.004). However, regardless of the categories studied, most professionals presented insecurity with employment status (72.5%), shortage of job positions and careers plans (86.3%), work overload (59.0%), weekend work (78, 6%) and working at home (63.2%), health risks (78. 6%), accidents (65.0%), and violence witnessed (73.2%) and suffered (54.7%) in the work environment, the existence of goals (89.7%), late payment (95.7%), and dissatisfaction with salaries (86.4%). Moreover, all professionals reported that they liked and found their work important. Therefore, the development of health actions and better working conditions is necessary for the care of professionals, especially Indigenous Health Agents and Indigenous Sanitation Agents.
Palavras-chave: Povos indígenas - saúde
Indigenous peoples - health
Qualidade de vida
Quality of life
Enfermagem do trabalho
Occupational health nursing
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Ciências da Saúde
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde
Citação: VICENTE, Renata de Matos. Saúde, trabalho e qualidade de vida entre os profissionais da saúde indígena do Polo Base de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2021. 49 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos, Nutrição e Saúde) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4862
Data do documento: 31-Mar-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Alimentos, Nutrição e Saúde

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