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Tipo: Dissertação
Título: Efeitos da irradiação ultravioleta na eficiência das microalgas na biorremediação
Título(s) alternativo(s): Effect of ultraviolet irradiation on microalgae performance in bioremediation
Autor(es): Reyes, Thais Huarancca
Primeiro Orientador: Fonseca, Gustavo Graciano
metadata.dc.contributor.referee1: Leite, Rodrigo Simoes Ribeiro
metadata.dc.contributor.referee2: Damiani, Claúdia Roberta
Resumo: Os objetivos deste estudo foram avaliar a capacidade de microalgas na remediação de efluentes provenientes do processo de limpeza de bitucas de cigarro (CB) e avaliar o uso da radiação ultravioleta B (UV-B) como possível indutor da atividade de antioxidantes em microalgas para aliviar os efeitos negativos de poluentes nesses efluentes. No Capítulo 2, seis isolados de microalgas naturais foram analisados para a remediação de contaminantes orgânicos em águas residuais derivadas do processo de limpeza de CB. As cepas foram uma da família Scenedesmaceae, duas Chlamydomonas debaryana e três Chlorella sorokiniana. As culturas de microalgas foram expostas a diferentes diluições de águas residuais de CB para identificar os níveis de toxicidade refletidos na alteração do estado fisiológico das microalgas e determinar as condições ideais para uma remoção eficaz de contaminantes. Os resultados demonstraram que as águas residuais de CB afetaram a produção de clorofila e carotenóides de microalgas de maneira dependente da concentração. Além disso, a resistência e a capacidade remediadora dependiam não apenas da cepa da microalga, mas também das características químicas dos contaminantes orgânicos. Em detalhe, a nicotina foi o contaminante mais resistente à remoção pelas microalgas testadas e sua baixa remoção correlacionou-se com a inibição de pigmentos fotossintéticos que afetaram o crescimento das microalgas. Em relação às condições ideais para uma biorremediação eficaz, este estudo mostrou que a cepa de Chlamydomonas denominada F2 apresentou a melhor capacidade de remover contaminantes orgânicos em efluentes a 5% CB, mantendo seu crescimento e pigmentos fotossintéticos em níveis de controle. No Capítulo 3, foram selecionadas as melhores cepas com maior produção de biomassa sob a condição de CB mais forte (ou seja, 25%), de acordo com o Capítulo 2: cepas de Chlorella sorokiniana denominadas F4, R1 e LG1. Essas cepas foram tratadas com UV-B por 3 dias antes de receber o efluente de CB e então incubadas por 4 dias na ausência ou manutenção de UV-B. Microalgas não tratadas com UV-B foram usadas como controle. A comparação das respostas fisiológicas, incluindo pigmentos fotossintéticos e antioxidantes não enzimáticos, bem como a depuração de nicotina e nicotirina, foram avaliadas aos 7 dias de cultura. O UV-B causou eustress, pois não teve um impacto negativo na produção de clorofila e carotenóides das algas. A aclimatação UV-B foi dependente da cepa, correlacionando-se com as adaptações ao ambiente nativo e constituições genéticas. O UV-B como pré-tratamento teve efeitos positivos a longo prazo na capacidade antioxidante não enzimática. No entanto, a cepa LG1 necessitou de mais tempo para reajustar o equilíbrio pró-oxidante/antioxidante, sendo a mais sensível aos raios UV-B. Os compostos fenólicos desempenharam um papel importante no sistema antioxidante contra UV-B, enquanto os flavonóides não contribuíram para a capacidade antioxidante total. R1 foi a única em que o UV-B pareceu ter um efeito sinérgico na resistência cruzada aos contaminantes mais persistentes e tóxicos nas águas residuais (ou seja, nicotina e nicotirina), onde as células expostas ao UV-B não conseguiram só ganhar capacidade protetora contra poluentes, mas também podem melhorar as vias catabólicas envolvidas na eliminação desses alcalóides.
Abstract: The aims of this study were to evaluate the capacity of native microalgae in the remediation of wastewater derived from cleaning process of smoked cigarette butts (CB), and to assess the use of artificial ultraviolet B (UV-B) radiation as a possible inducer of antioxidant activities in microalgae to alleviate the negative effects of CB wastewater pollutants. To this end, different experiments were performed at laboratory scale and the obtained results were discussed in two chapters. In Chapter 2, six natural isolates of microalgae were screened for the remediation of organic pollutants in wastewater derived from smoked CB cleaning process. The strains were one from the family Scenedesmaceae, two Chlamydomonas debaryana and three Chlorella sorokiniana. Microalgal cultures were exposed to different CB wastewater dilutions to identify the toxicity levels reflected in the alteration of microalgal physiological status and to determine the optimal conditions for an effective removal of contaminants. The results demonstrated that CB wastewater could impact on microalgal chlorophyll and carotenoid production in a concentration-dependent manner. Moreover, the resistance and remediation capacity did not only depend on the microalgal strain, but also on the chemical characteristic of organic pollutants. In detail, nicotine was the most resistant pollutant to removal by the microalgae tested and its low removal correlated with the inhibition of photosynthetic pigments affecting microalgal growth. Concerning the optimal conditions for an effective bioremediation, this study demonstrated that the Chlamydomonas strain named F2 showed the best removal capacity to organic pollutants at 5% CB wastewater maintaining its growth and photosynthetic pigments at control levels. In Chapter 3, it was selected the best strains with the highest biomass production under the strongest CB condition (i.e., 25%) according to the Chapter 2. It included three Chlorella sorokiniana strains named F4, R1 and LG1. These strains were treated with UV-B for 3-days prior to receiving CB wastewater and then incubated for 4-days in absence or maintaining UV-B. UV-B-untreated microalgae were used as control. Comparative physiological responses, including photosynthetic pigments and non-enzymatic antioxidants, as well as nicotine and nicotyrine removal were evaluated at 7-days culture. UV-B caused eustress as it did not negatively impact on algal chlorophyll and carotenoids production. UV-B acclimation was straindependent, correlating with native environment adaptions and genetic constitutions. UV-B as pretreatment had long-term positive effects on non-enzymatic antioxidant capacity. However, LG1 needed more time to readjust pro-oxidants/antioxidants balance as it was the most UV-B sensitive. Phenolic compounds played an important role in the antioxidant system to UV-B, while flavonoids did not contribute to total antioxidant capacity. Among strains, R1 was the only one in that UV-B seemed to have a synergistic effect on crossresistance to the most persistent and toxic CB pollutants (i.e., nicotine and nicotyrine), where their UV-B exposed cells may not only gain protection against pollutants but also may improve the catabolic pathways involved in the removal of these alkaloids.
Palavras-chave: Biorremediação
Bioremediation
Microalgas
Microalgae
Pigmentos fotossintetizantes
Photosynthetic pigments
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS::TECNOLOGIA DE ALIMENTOS::APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
metadata.dc.publisher.program: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Citação: REYES, Thais Huarancca. Efeitos da irradiação ultravioleta na eficiência das microalgas na biorremediação. 2023. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) - Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2023.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5560
Data do documento: 18-Ago-2022
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental

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