Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6180
Tipo: | Dissertação |
Título: | A resistência da literatura: leitura e escrita literária enquanto arte de fazer |
Autor(es): | Vieira, Aline Silva |
Primeiro Orientador: | Suttan, Renato Nésio |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | Barros, Ariane Guerra |
metadata.dc.contributor.referee1: | Barzotto, Leoné Astride |
metadata.dc.contributor.referee2: | Medeiros, Márcia Maria de |
Resumo: | A leitura (e em especial a literária), considerada como um complexo processo de criação de significados a partir da interação autor-texto-leitor, é compreendida nesta dissertação como uma prática de resistência, pois sua execução leva à criação de um espaço próprio que permite o estabelecimento de uma identidade individual e coletiva. Apreendendo a sociedade de acordo com Michel de Certeau (2013, 2014), que afirma que os seres humanos estão inseridos numa sociedade do consumo, onde o controle ocorre, principalmente, mediante a circulação de mercadorias, a assunção de papéis e os códigos sociais, as relações de poder se dão entre esses sistemas. Para o autor, existem práticas do tipo estratégicas – que evocam um lugar próprio –, e práticas do tipo tática – aquelas que não possuem um lugar próprio, inscrevendo-se no lugar do outro. Queremos inserir, nesta investigação, a leitura literária como uma ação do tipo tática, pois o leitor pode e tem o potencial de criar no espaço do outro; e a escrita de literatura como uma ação com características táticas. Com base nas reflexões do autor supracitado, e partindo também das ideias de Roger Chartier (1998, 1999, 2011a, 2011b), Michel Foucault (2001, 2023), Alfredo Bosi (2002), Wolfgang Iser (1979, 1996), Roland Barthes (2004, 2013), Umberto Eco (2019), Paul Zumthor (2018), Michèle Petit (2013) e Antonio Candido (2004), que refletem sobre as questões da leitura e escrita literária, da interpretação e suas relações com a sociedade e a alteridade, esta dissertação busca compreender como a leitura e a escrita literária desempenham um papel decisivo na resistência aos sistemas de poder, colocando as figuras de leitor e autor literário como protagonistas desse movimento silencioso que chamamos de resistência. Ao compreender o modo como a leitura literária permite a criação de um refúgio, suscitando a construção de um reconhecimento de si e dos outros, e da escrita literária enquanto uma trapaça ao poder da língua, o presente trabalho insere-se num campo de reflexão sobre a leitura e escrita literária enquanto ação de construção de sentidos, de formação de identidades e propulsora de resistências às imposições das estruturas de poder, sejam elas de ordem econômica, cultural, social ou outras. |
Abstract: | Reading (especially literary reading), considered as a complex process of creating meaning through the interaction of author-text-reader, is understood in this dissertation as a practice of resistance, as its execution leads to the creation of a personal space that allows for the establishment of both individual and collective identity. Drawing from Michel de Certeau's conception of society (2013, 2014), where humans are situated within a consumer society, where control primarily occurs through the circulation of goods, assumption of roles, and social codes, power relations occur among these systems. According to the author, there are strategic practices - those that evoke a specific place - and tactical practices - those that do not have a specific place, inscribing themselves in the place of others. In this investigation, we aim to insert literary reading as a tactical action, as the reader can and has the potential to create within the space of others; and the writing of literature as an action with tactical characteristics. Based on the reflections of the aforementioned author, as well as the ideas of Roger Chartier (1998, 1999, 2011a, 2011b), Michel Foucault (2001, 2023), Alfredo Bosi (2002), Wolfgang Iser (1979, 1996), Roland Barthes (2004, 2013), Umberto Eco (2019), Paul Zumthor (2018), Michèle Petit (2013), and Antonio Candido (2004), who reflect on the issues of literary reading and writing, interpretation, and their relationships with society and otherness, this dissertation seeks to understand how literary reading and writing play a decisive role in resisting systems of power, positioning the figures of reader and literary author as protagonists of this silent movement we call resistance. By understanding how literary reading allows for the creation of a refuge, fostering the construction of self-awareness and awareness of others, and literary writing as a subversion of language power, this work inserts itself into a field of reflection on literary reading and writing as actions of constructing meaning, forming identities, and promoting resistance against the impositions of power structures, whether they be economic, cultural, social, or otherwise. |
Palavras-chave: | Leitura literária Literary reading Escrita literária Literary writing Artes de fazer Arts of doing |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Grande Dourados |
Sigla da Instituição: | UFGD |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Comunicação, Artes e Letras |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de pós-graduação em Letras |
Citação: | VIEIRA, A. S. A resistência da literatura: leitura e escrita literária enquanto arte de fazer. 2024. 118 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6180 |
Data do documento: | 13-Mar-2024 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Letras |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
AlineSilvaVieira.pdf | 802,85 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.