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Tipo: Tese
Título: Maká letset – “para nosotros indígenas, el espacio es sin fronteras”: andanças e artesanias na tríplice fronteira
Título(s) alternativo(s): Maká letset – “para nosotros indígenas, el espacio es sin fronteras”: andanzas y artesanías en la triple frontera
Maká letset – “for us indigenous people, space is without borders”: wanderings and crafts in the triple frontier
Autor(es): Rodrigues, Luiz Felipe
Primeiro Orientador: Goettert, Jones Dari
metadata.dc.contributor.referee1: Mota, Juliana Grasiéli Bueno
metadata.dc.contributor.referee2: Cariaga, Diógenes Egídio
metadata.dc.contributor.referee3: Carron, Rodrigo Juan Villagra
metadata.dc.contributor.referee4: Cabañas, Paola Canova
Resumo: Os Maká são um povo indígena oriundo da região do Chaco Boreal, entre Paraguai e Argentina, e atualmente se distribuem em quatro comunidades localizadas nas cidades paraguaias de Mariano Roque Alonso e Villa Hayes (nas proximidades de Asunción e na fronteira com a Argentina), em Encarnación (na fronteira com a Argentina) e em Ciudad del Este (na Tríplice Fronteira com Brasil e Argentina), sendo esta última, o foco de análise desta tese. Tais comunidades estão inseridas em contextos de fronteira e em zonas urbanas (ou na proximidade delas, no caso da de Villa Hayes). A comunidade Maká (Maká letset, na língua nativa) possui um cacique geral que é responsável pela organização política do conjunto de comunidades, e cada uma delas possui uma liderança. As decisões políticas, as reuniões entre os líderes e as principais festividades ocorrem principalmente na comunidade de Mariano Roque Alonso, considerada o centro político dos Maká. É nela também onde reside o cacique geral. Os Maká se dedicam, principalmente, ao comércio de artesanato, buscando pontos turísticos e outras áreas movimentadas para realizar a venda. Essa atividade é responsável pela mobilidade constante entre as comunidades, e tem um papel importante para a constituição da identidade cultural maká e para a manutenção dos laços de parentesco. Envolvendo-se com as demandas turísticas, os Maká territorializam, desterritorializam e reterritorializam sua identidade a partir das diferentes modalidades de identificação que envolvem a sua condição de indígenas perante as imagens e imaginários produzidos pelo turismo, bem como, pelo nacionalismo paraguaio e pela sociedade não-indígena. Diante dessas circunstâncias, propôs-se para esta tese compreender a complexidade das relações dos Maká, focando na comunidade de Ciudad del Este, com os diferentes grupos sociais e lugares, e a partir disso, refletir sobre o seu território e suas andanças entre fronteiras. Para isso, busquei trazer o percurso histórico do povo Maká, a fim de entender a sua situação atual, e construir, através de trabalhos de campo, uma cartografia maká da Tríplice Fronteira buscando lançar luz às relações traçadas pelas tramas de suas andanças e artesanias, e como estas, dinamizadas por negociações, apropriações e enunciações, e fundadas pela multiplicidade de encontros, constituem a produção do seu próprio modo de ser, e, portanto, do seu território. Nesse sentido, a cartografia enquanto caminho que é tecido, se faz no entrelaçamento entre as andanças maká, as andanças de Outros sujeitos e grupos sociais, e as minhas andanças enquanto sujeito/pesquisador, atravessadas por múltiplas fronteiras.
Abstract: Los Maká son un pueblo indígena de la región del Chaco Boreal, entre Paraguay y Argentina, y actualmente están distribuidos en cuatro comunidades ubicadas en las ciudades paraguayas de Mariano Roque Alonso y Villa Hayes (cerca de Asunción y en la frontera con Argentina), en Encarnación (en la frontera con Argentina) y en Ciudad del Este (en la Triple Frontera con Brasil y Argentina), siendo esta última, el foco de análisis de esta tesis. Tales comunidades se insertan en contextos de frontera y en áreas urbanas (o cercanas a ellas, en el caso de Villa Hayes). La comunidad Maká (Maká letset, en lengua nativa) tiene un cacique general que es responsable por la organización política del conjunto de comunidades, y cada una de ellas tiene un liderazgo. Las decisiones políticas, los encuentros entre líderes y las principales festividades tienen lugar principalmente en la comunidad de Mariano Roque Alonso, considerada el centro político de los Maká. También es donde reside el cacique general. Los Maká se dedican principalmente al comercio de artesanías, buscando lugares turísticos y otras zonas concurridas para vender. Esta actividad es responsable de la constante movilidad entre comunidades, y juega un papel importante en la constitución de la identidad cultural maká y en el mantenimiento de los lazos de parentesco. Involucrándose con las demandas turísticas, los Maká territorializan, desterritorializan y reterritorializan su identidad desde las diferentes modalidades de identificación que involucran su condición de indígenas frente a las imágenes e imaginarios producidos por el turismo, así como por el nacionalismo paraguayo y por la sociedad no-indígena. Dadas estas circunstancias, se propuso para esta tesis comprender la complejidad de las relaciones Maká, centrándose en la comunidad de Ciudad del Este, con diferentes grupos sociales y lugares, y desde ahí, reflexionar sobre su territorio y sus andanzas entre fronteras. Para ello, busqué analizar el recorrido histórico del pueblo Maká, con el fin de comprender su situación actual, y construir, a través de trabajos de campo, una cartografía maká de la Triple Frontera buscando arrojar luz sobre las relaciones trazadas por las tramas de sus andanzas y artesanías, y cómo estas, dinamizadas por negociaciones, apropiaciones y enunciaciones, y fundadas por la multiplicidad de encuentros, constituyen la producción de su propio modo de ser, y por lo tanto, de su territorio. En ese sentido, la cartografía como camino tejido, se hace en el entrelazamiento entre las andanzas maká, las andanzas de Otros sujetos y grupos sociales, y mis andanzas como sujeto/investigador, atravessadas por múltiples fronteras.
The Maká are an indigenous people from the Chaco Boreal region, between Paraguay and Argentina, and are currently distributed in four communities located in the Paraguayan cities of Mariano Roque Alonso and Villa Hayes (near Asunción and on the border with Argentina), in Encarnación (on the border with Argentina), and in Ciudad del Este (on the Triple Border with Brazil and Argentina), the latter being, the focus of the analysis of this thesis. These communities are inserted in border contexts and in urban areas (or close to them, in the case of Villa Hayes). The Maká community (Maká letset, in the native language) has a general cacique who is responsible for the political organization of the communities as a whole, and each one of them has a leadership. The political decisions, the meetings between the leaders, and the main festivities take place mainly in the community of Mariano Roque Alonso, which is considered the Maká political center. This is also where the general cacique resides. The Maká are mainly dedicated to the trade of handicrafts, searching for tourist spots and other busy areas to sell their goods. This activity is responsible for the constant mobility among the communities, and plays an important role in the constitution of the Maká cultural identity and the maintenance of kinship ties. Involved in the tourist demands, the Maká territorialize, deterritorialize, and reterritorialize their identity based on the different modalities of identification that involve their condition as indigenous people in the face of the images and imaginaries produced by tourism, as well as by Paraguayan nationalism and nonindigenous society. In view of these circumstances, we proposed for this thesis to understand the complexity of the relations of the Maká, focusing on the community of Ciudad del Este, with different social groups and places, and from this, to reflect about their territory and their wanderings across borders. To this end, I sought to bring the historical course of the Maká people in order to understand their current situation, and to build, through fieldwork, a Maká cartography of the Triple Frontier, seeking to shed light on the relations traced by the weft of their journeys and crafts, and how these, energized by negotiations, appropriations, and enunciations, and founded by the multiplicity of encounters, constitute the production of their own way of being, and, therefore, of their territory. In this sense, the cartography, as a path that is woven, is made in the interweaving between the Maká wanderings, the wanderings of other subjects and social groups, and my wanderings as a subject/researcher, crossed by multiple frontiers.
Palavras-chave: Comunidade Maká
Maká community
Povos indígenas
Indigenous peoples
Região de fronteira
Borderlands
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Ciências Humanas
metadata.dc.publisher.program: Programa de pós-graduação em Geografia
Citação: RODRIGUES, Luiz Felipe. Maká letset – “para nosotros indígenas, el espacio es sin fronteras”: andanças e artesanias na tríplice fronteira. 2022. 249 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5118
Data do documento: 12-Jul-2022
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