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Tipo: Dissertação
Título: A exegese narrativa de Julián Fuks em a ocupação
Autor(es): Santos, João Alexandre Alves dos
Primeiro Orientador: Barzotto, Leoné Astride
metadata.dc.contributor.referee1: Bungart Neto, Paulo
metadata.dc.contributor.referee2: Nolasco, Edgar César
metadata.dc.contributor.referee3: Dantas, Gregório Foganholi
metadata.dc.contributor.referee4: Leite, Eudes Fernando
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de pesquisa o romance A Ocupação (2019), de Julián Fuks (1981). Explorando variadas estratégias literárias pós-modernas e tocando em temas sociopolíticos frequentemente aludidos na contemporaneidade, Sebastián, narrador autodiegético, tece o que parece se constituir como um discurso literário intimamente alinhado às pretensões da Decolonialidade, fomentadora de férteis discussões no escopo dos Estudos Culturais. Indo da coletividade à individualidade, do protagonismo ao distanciamento narrativo, dos dramas enquanto escritor aos vividos enquanto indivíduo, e transitando entre o questionamento acerca dos absurdos sociais do meio em que vive e dos limites comunicativos e estéticos do gênero literário no qual se insere, o narrador parece dar corpo, artisticamente, ao que vem sendo defendido epistemologicamente por teóricos pós-coloniais – como Aníbal Quijano (2005; 2009), Boaventura de Sousa Santos (2009), Thomas Bonnici (2005; 2009), Gayatri Spivak (1998) e Walter Mignolo (2003) –, de modo que a virada epistemológica por eles investigada configura a força motriz do objeto em questão. Basta lembrar, por exemplo, que se trata de um romance autoficcional executado sob mentoria de Mia Couto, numa organização muito próxima à de pesquisas antropológicas de campo: com visitas e entrevistas gravadas. Sendo assim, objetivamos esquematizar o diálogo entre os aspectos literários, artísticos, e a proposta decolonial, analisando como a estética da obra fuksiana é capaz de materializar a expressão do referido discurso. Para isso, verificaremos a construção do narrador em busca de um acurado estilo próprio em vias de consolidação, bem como o fio que sustenta as três camadas, esperando, com isso, propor uma leitura interpretativa do enredo tripartido e do título, o qual parece engendrar uma grande metáfora alegórica que permeia toda a obra. Averiguamos, de antemão, um estreito diálogo entre as teorias da pós-modernidade, da autoficcionalidade e da Decolonialidade, sendo A Ocupação o produtivo ponto de conciliação. Cremos que são tamanhas as contribuições do romance nos dois eixos que o constituem: a arte e a produção de conhecimento, ambos os quais em prol de um discurso mais distanciado dos modelos tradicionais predominantemente eurocêntricos.
Abstract: The present work has as object of research the novel A Ocupação (2019), by Julián Fuks (1981). Exploring postmodern literary strategies and making use of sociopolitical themes frequently mentioned in contemporary times, Sebastián, an autodiegetic narrator, weaves what seems to constitute a literary discourse closely related to the pretensions of Decoloniality, which promotes fertile subjects in the scope of Cultural Studies. Going from collectivity to individuality, from protagonism to narrative distancing, from dramas as a writer to those experienced as an individual, and transiting between questioning the social absurdities of the environment in which he lives and the communicative and aesthetic limits of the literary genre in which he is inserted, the narrator seems to artistically embody what has been defended epistemologically by postcolonial theorists –such as Aníbal Quijano (2005; 2009), Boaventura de Sousa Santos (2009), Thomas Bonnici (2005; 2009), Gayatri Spivak (1998) and Walter Mignolo (2003) –, so that the epistemological turn investigated by them configures the driving force of the object in question. Just remember, for example, that it is a self-fictional novel executed under the mentorship of Mia Couto, in an organization very close to that of anthropological field research: with recorded visits and interviews. Therefore, we aim to outline the dialogue between literary and artistic aspects, and the decolonial proposal, analyzing how the Fuksian work’s aesthetics is capable of materializing the expression of that discourse. For this, we verify the construction of the narrator who is in search of an accurate style in the process of consolidation, as well as the thread that sustains the three layers, hoping, with this, to propose an interpretative reading of the tripartite plot and the title, which seems to engender a great allegorical metaphor that permeates the entire work. We found, beforehand, a close dialogue between the theories of postmodernity, self-fictionality and decoloniality, with A Ocupação being the productive point of conciliation. We believe that they are great the contributions of the novel in the two axes that constitute it: art and the production of knowledge, both of which in favor of a more distanced discourse from the predominantly Eurocentric traditional models.
Palavras-chave: A ocupação
A ocupação
Decolonialidade
Decoloniality
Pós-modernidade
Postmodernity
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
metadata.dc.publisher.program: Programa de pós-graduação em Letras
Citação: SANTOS, João Alexandre Alves dos. A exegese narrativa de Julián Fuks em a ocupação. 2023. 258 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2023.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6173
Data do documento: 13-Abr-2023
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