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Tipo: Dissertação
Título: Maternidade e violência em O Peso do Pássaro Morto (2017) e Pequena Coreografia do Adeus (2021), de Aline Bei.
Autor(es): Krüger, Vitória Santos
Primeiro Orientador: Oliveira, Geovana Quinalha de
metadata.dc.contributor.referee1: Pinheiro, Alexandra
metadata.dc.contributor.referee2: Nantes, Flávio
Resumo: Nesta dissertação, analiso a representação da maternidade e da violência nas obras O Peso do Pássaro Morto (2017) e Pequena Coreografia do Adeus (2021), de Aline Bei. A pesquisa busca compreender como a autora constrói suas personagens maternas e as relações entre mães e filha/filho em cenários atravessados por dor, violência, abandono e opressão, desafiando concepções idealizadas e normativas acerca da maternidade. Ao tensionar discursos idealizados sobre a maternidade, Aline Bei revela, em suas obras, a complexidade das relações entre mães e filhos, articulando filiações feridas, violências e subjetividades femininas marcadas por traumas, rupturas e resiliência. Para tanto, utilizo análises qualitativas do corpus crítico-teórico acerca das temáticas elencadas, bem como leituras analíticas das narrativas de Bei. Sobre os conceitos de maternidade e maternagem utilizo como referencial teórico autoras como Badinter (1985; 2011), Chodorow (1990), Rich (1986) e Moura e Araújo (2004). No que tange aos estudos críticos sobre a escrita de mulheres, recorro a Showalter 1985;1994), Schmidt (1995), (Duarte (2022) e Lousa e Brito (2023) e, por fim, sobre patriarcado, violência e estupro, recorro à leitura de estudiosas como Lerner (2019) Segato (2005) e Fredericci (2004). Como resultado, acredito que as obras literárias aqui analisadas demonstram como a literatura é um lugar cuja base é o fascínio pelo humano ao mesmo tempo que se apresenta como desestabilização de discursos normativos, abrindo espaço para a expressão das dores historicamente silenciadas da experiência feminina. Suas narrativas não apenas denunciam as opressões impostas às mulheres, mas também reivindicam a pluralidade das experiências maternas e femininas, deslocando-as de visões essencializadas e universalizantes. Ao representar maternidades marcadas pela ambivalência, e corpos atravessados por violências produzidas no próprio ato do maternar, , Aline Bei contribui para a construção de uma escrita comprometida com a escuta das subjetividades femininas em sua complexidade. Nesse sentido, suas narrativas não apenas denunciam as opressões históricas impostas às mulheres, mas também oferecem possibilidades de ressignificação e resistência por meio da palavra.
Abstract: En esta disertación analizo la representación de la maternidad y la violencia en las obras O Peso do Pássaro Morto (2017) y Pequena Coreografia do Adeus (2021), de Aline Bei. La investigación busca comprender cómo la autora construye sus personajes maternos y las relaciones entre madres e hija/hijo en escenarios atravesados por el dolor, la violencia, el abandono y la opresión, desafiando concepciones idealizadas y normativas acerca de la maternidad. Al tensionar discursos idealizados sobre la maternidad, Aline Bei revela en sus obras la complejidad de las relaciones entre madres e hijos, articulando filiaciones heridas, violencias y subjetividades femeninas marcadas por traumas, rupturas y resiliencia. Para ello, utilizo análisis cualitativos del corpus crítico-teórico acerca de las temáticas señaladas, así como lecturas analíticas de las narrativas de Bei. Sobre los conceptos de maternidad y maternaje utilizo como referencial teórico a autoras como Badinter (1985; 2011), Chodorow (1990), Rich (1986) y Moura y Araújo (2004). En lo que respecta a los estudios críticos sobre la escritura de mujeres recurro a Showalter (1985; 1994), Schmidt (1995), Duarte (2022) y Lousa y Brito (2023). Finalmente, sobre patriarcado, violencia y violación, retomo la lectura de estudiosas como Lerner (2019), Segato (2005) y Federici (2004). Como resultado, considero que las obras literarias aquí analizadas demuestran cómo la literatura es un lugar cuya base es la fascinación por lo humano, al mismo tiempo que se presenta como desestabilización de discursos normativos, abriendo espacio para la expresión de los dolores históricamente silenciados de la experiencia femenina. Sus narrativas no solo denuncian las opresiones impuestas a las mujeres, sino que también reivindican la pluralidad de las experiencias maternas y femeninas, desplazándolas de visiones esencializadas y universalizantes. Al representar maternidades marcadas por la ambivalencia y cuerpos atravesados por violencias producidas en el propio acto de maternar, Aline Bei contribuye a la construcción de una escritura comprometida con la escucha de las subjetividades femeninas en su complejidad. En este sentido, sus narrativas no solo denuncian las opresiones históricas impuestas a las mujeres, sino que también ofrecen posibilidades de resignificación y resistencia a través de la palabra.
Palavras-chave: Maternidade
Maternidad
Maternagem
Maternar
Filiação
Filiación
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
metadata.dc.publisher.program: Programa de pós-graduação em Letras
Citação: KRÜGER, Vitória Santos. Maternidade e violência em O Peso do Pássaro Morto (2017) e Pequena Coreografia do Adeus (2021), de Aline Bei. 2025. 91 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Comunicação, Artes e Letras, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2025.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6726
Data do documento: 29-Set-2025
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras

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